quinta-feira, março 27, 2014

Esquina.


Querida, tu me deixaste esperando numa esquina distante, no cruzamento de ruas sem nome (e sem saídas). O tempo passou e eu nem contei as horas, por que tinha certeza de que virias. Depois, percebendo o meu engano, o meu claro equívoco, fui embora triste, tentando entender. Imaginei  tua onipresença, acompanhando meus sentimentos. E veio um novo dia, e vieram todos os outros dias. E eu passei a evitar esquinas, a olhar menos para os lados e a transitar apenas por ruas com nomes e com saídas. Até que agora, nem sei mais a quanto tempo, percebo que esqueci tudo, apenas restou a lembrança daquela esquina, que felizmente não preciso evitar mais.