quinta-feira, maio 21, 2015
AMOR QUENTINHO (em jerimum)
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa prá rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par prá dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão para segurar, um ombro prá deitar, um braço prá morar.
Um tema prá toda história.
Uma certeza prá toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio comprido do tempo.
(ana jácomo)
terça-feira, dezembro 02, 2014
o dia que eu quis lembrar é de uma pessoa que na verdade nunca existiu. apenas na minha fantasia. habitou um corpo alheio. viveu por quase duas décadas no meu pensamento diário, até desaparecer num golpe da fatalidade. num brutal embate com a realidade, como uma lança certeira no coração. como uma onda enorme afogando um surfista amador. como um laçaço cruel ao muar distraído. no fim, restou o corpo. com alma estranha. com cheiro, olhar e voz desconhecidos. não era aquela. era a outra. se um dia ainda puder falar, não gastarei minhas poucas palavras. cantarei murmurando... entoarei a canção dos mudos. linda canção que se escuta com a alma! a lua só existe no firmamento
quinta-feira, março 27, 2014
Esquina.
quinta-feira, dezembro 09, 2010
IMAGINE
Desaparece, como desaparecem alguns sonhos. Desaparece apenas no plano material, não no plano imaginário. Como diz o Millor: A infância é passageira. A juventude é passageira. Apenas a velhice é definitiva. E a juventude nunca se transforma em velhice.
Algumas criaturas dotadas de almas especiais não sobreviveram à juventude por que, enquanto ídolos, seus admiradores não suportariam conhecer-lhes na velhice, na decrepitude.
Ninguém imagina Lennon com 70 anos hoje, ou logo com 80, 90. Como seriam, também, Marilyn, Chê, Bob Dylan, Fred Mercury? Ou os nossos Cazuza, Leila Diniz, Dinho-Mamonas, Senna, Renato Russo, Bussunda, que a brilhante vida efêmera a todos nos encantou?
Pelo desaparecimento prematuro, perduram na eternidade as imagens jovens, brilhantes, encantadoras. As mensagens etenarmente tocantes, vibrantes. Não descansem, fiquem em paz.
quarta-feira, junho 16, 2010
3 em 1
segunda-feira, junho 07, 2010
Quero
Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
terça-feira, junho 01, 2010
terça-feira, maio 11, 2010
segunda-feira, maio 10, 2010
CAIXA PRETA CONTRA CAIXA PRETA
Se fossem apenas "caixas pretas" as coisas até que não seriam tão ruins, pois as caixas pretas acabam sendo "achadas" e abertas.
Mas as caixas que jamais são abertas, essas sim são portadoras das piores coisas, das maiores maracutaias.
E o Judiciário as tem sim! Nem poderia ser diferente num país republicano, onde todos os poderes são "iguais" e independentes.
Os Juizes são, talvez, entre os servidores de Estado, os mais corporativos. E apenas a partir da criação do CNJ, uma real conquista da sociedade, é que começou a haver algum tipo de controle do judiciário.
Ninguém quer o controle do judiciário pelo executivo, assim como ocorre desde a ditadura militar, dos governos que se sucedem sobre os legislativos (nas 3 esferas de governo).
É o próprio Judiciário, com auxílio externo, que se auto controla.
A gente precisa aprender, neste país, a respeitar - pelo menos - as regras pétreas da República.