terça-feira, junho 17, 2008

"Acalmai o vosso furor, que em vão provocais o meu..."

Não obstante de que no inverno o nosso desejo "encolhe"
Chega a jovem loira exuberante e lânguida
Que com a barriguinha que ainda é só ventre
Desafia o frio na faixa entre a mini blusa e o jeans
De nós todos o olhar atento recolhe

E a rima pobre, forjada e falsa,
Que me aparece sem espontaneidade,
Cria o novel poeta que ao vôo se alça,
Sem quase perceber que já passou da idade.

E agora? como terminar com dignidade
Este poemeto metido a sério
Se me falta dom e capacidade
Para revelar o verdadeiro mistério?

(mas creeedo, meu bom e incauto leitor,
o que mesmo tem a ver o título,
que se refere a um tal furor?)

(Certamente é o desespero
de rimar a qualquer custo
sem demonstrar muito esmero...)

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